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segunda-feira, 29 de março de 2010

Investir para alugar é boa opção

Jornal do Brasil, Adriana Diniz. 27/mar





A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 já estão fazendo os preços de venda e aluguel dos imóveis disparar no Rio. Bairros mais disputados, como os da Zona Sul, e outros como Tijuca, Méier, Jacarepaguá e Barra da Tijuca, por conta da proximidade dos locais de competição, tiveram valorização de até 152% nos últimos 12 meses. A indicação de especialistas é investir em imóveis para o aluguel durante os eventos, cuja perspectiva de aumento chega a ser de 50% na Barra da Tijuca, Deodoro, Maracanã e Copacabana, segundo o Secovi-Rio. Em outras áreas com equipamentos olímpicos, espera-se alta de 20% a 30% nos aluguéis.



Segundo o analista macroeconômico da Mercatto Investimentos, Paulo Veiga, a aplicação no imóvel para alugar, como forma de complementação de renda, tem se tornado uma opção competitiva. "É preciso, no entanto, avaliar bem a região. Se o investidor fizer uma boa escolha terá chances de ter uma valorização significativa do bem. Mas não acho que para compra e venda seja bom negócio, porque essa valorização não deve prosseguir", alerta.



Segundo o analista de investimentos da SLW, Bernardo Moneró, também diz que a compra de imóveis para revenda sofre os riscos de reflexos da crise na economia, o que poderia fazer com que o preço das unidades caísse de repente, além de ser um investimento sem liquidez.



Para valer a pena, é preciso fazer as contas de quanto haverá de retorno no aluguel. "O ideal é alugar por algo entre 0,3% e 0,5% do valor do imóvel, no caso de residências. Um apartamento que custa R$ 2,5 milhões, na orla da Zona Sul, por exemplo, poderia facilmente ser alugado por mais de R$ 8 mil mensais, o que já garante o equivalente a um título de longo prazo e ainda tem a rentabilidade do bem", ensina Moneró.



Em alguns bairros, o preço já decolou. Na Zona Sul, o valor médio dos imóveis de três e quatro quartos já bate a casa de R$ 1 milhão. A região receberá investimentos para a realização de esportes náuticos, aquáticos, de praia e de atletismo. Na Tijuca, por conta da proximidade com o Complexo do Maracanã, o aumento nos últimos 12 meses já chega a 50% em apartamentos de três quartos e a 30% nos de quatro. Na Barra, a valorização foi entre 17% e 19%.



Infraestrutura



O engenheiro e professor de administração do Ibmec-Rio, Marcelo Henriques Brito, lembra que é preciso avaliar bem as condições dos imóveis e a infraestrutura da região. "Um imóvel nunca é igual a outro. Às vezes, há diferença num mesmo bairro e até num mesmo prédio. Se bate sol, se não bate, se tem favela próxima, comércio, escolas, tudo isso deve ser visto para garantir que o apartamento seja vendido ou mesmo alugado com facilidade".



Na Lagoa, por exemplo, o apartamento de quatro quartos é vendido a R$ 1,6 milhão, valor 60% maior que o de fevereiro de 2009. No Leblon, o aumento foi de 47%, passando de R$ 1,2 milhão para R$ 1,8 milhão. No Flamengo, a variação foi de 100% (R$ 708 mil para R$ 1,4 milhão) e, em Ipanema, foi onde houve a maior valorização: 152%, nos imóveis de quatro quartos, que já estão custando cerca de R$ 2,5 milhões.



De acordo com o vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider, ainda há espaço para crescer, mas tudo vai depender do futuro político e econômico do país. "Se houver mudanças no cenário, como retirada dos recursos por conta dos royalties do petróleo, eleições ou retirada de crédito do mercado, a valorização pode ser menor, mas a demanda ainda está aquecida. O Brasil tem um déficit habitacional enorme", destaca Schneider.

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